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terça-feira, 30 de setembro de 2014
Nova exposição de Paula Rego inspirada por Eça de Queirós
Exposição "O Último Rei de Portugal" estará aberta de 01 a 25 de outubro na galeria Marlborough Fine Art, em Londres
Paula Rego pretende desenhar todos os livros de Eça de Queirós, o seu escritor português favorito, disse a pintora portuguesa a propósito de uma exposição em Londres de telas inspiradas no livro "A Relíquia".
Depois de ter criado uma série de quadros com base em "O Crime do Padre Amaro", em 1997-98, a artista adiantou à agência Lusa estar já a trabalhar com base no romance "O Primo Basílio".
"Espero desenhar os livros todos do Eça. A minha neta Grace é perfeita para [modelo] Luisinha", garantiu, nomeando a protagonista loira e de pele branca de "A Relíquia".
Por Agência Lusa
Siza Vieira vence prémio Fritz Hoger
Para o Museu Hombroich, na Alemanha, o tijolo foi o material de eleição de Siza
O arquitecto Álvaro Siza Vieira foi distinguido com o prémio máximo do Fritz Hoger Awards 2014 por excelência em arquitectura construída com tijolos, com o seu projecto do Museu Hombroich, na Alemanha.
A informação, divulgada hoje em sites de arquitetura, foi confirmada à agência Lusa por fonte do gabinete de Siza Vieira, que acrescentou ter tido conhecimento deste prémio na quarta-feira.
De acordo com a informação disponibilizada na Internet, foram submetidos a concurso mais de 500 trabalhos, de 70 candidatos, uma verdadeira amostra "transversal de arquitetura internacional".
O imóvel construído sob projecto do arquitecto, que foi prémio Pritzker em 1992, fica em Raketenstation, Hombroich, Neuss, na Alemanha, e tem as paredes revestidas com o mesmo tipo de tijolo dos edifícios existentes na fundação Hombroich.
Na sua declaração, o júri referiu que este pavilhão de Siza "exemplifica o uso soberano do tijolo na sua forma simples" no meio da paisagem alemã onde está inserido.
Foram ainda distinguidos projectos nas categorias ouro, prata e menção especial. Os Fritz Hoger Awards, que são atribuído de três em três anos, vão na terceira edição.
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/siza-vieira-vence-premio-fritz-hoger-1670879#/0
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Mafalda, a "heroína zangada", celebra 50 anos
Contestatária, refilona, rebelde, incisiva, pessimista, continua atual.
Mafalda, a personagem de banda desenhada criada pelo argentino Quino (Salvador Lavado Tejón), celebra 50 anos, desde que apareceu no jornal "Primera Plana".
Em Portugal, a data é assinalada com uma nova edição cartonada de todas as tiras humorísticas, a qual terá uma capa inédita e ainda uma série de artigos e informação que completam a leitura.
Eis uma das perguntas irreverentes da Mafalda:
“Não seria maravilhoso o mundo se as bibliotecas fossem mais importantes que os bancos?”
sábado, 27 de setembro de 2014
O princípio da ignorância
Não sabendo, como posso vir a saber? Não conhecendo, de que modo posso ter acesso ao conhecimento? O princípio da ignorância é um impulsionador pragmático
Interrogado sobre um tema, por mais especializado que este seja, um político profissional em regra nunca admitirá que não sabe a resposta, acabando por emitir a mais banal, obtusa e desapropriada opinião. O mesmo acontece com os comentadores profissionais dos media que, na posse de um menu de informações generalistas e numa atitude que pretende ultrapassar o nível rasteiro da opinião, assumem, mais pela atitude corporal ou pela ensaiada colocação de voz, a pretensão de um saber definitivo – e redundante, em particular quando se trata de previsões.
Passarão poucas horas até que dos referidos saberes futurologistas ninguém se lembre mais; porém, o facto de terem sido apresentados com a pose devida permitirá que quem o fez continue pronunciando-se com uma sapiência abrangente de tudo sobre o nada.
Até com professores isto sucede. Raramente admitem não terem para dar uma resposta adequada, contextualizada, precisa à pergunta inesperada do estudante. Esta atitude não é específica deste tempo, embora alguns dos seus aspectos o sejam: a pressão sobre a necessidade de acumular informação, associada à pressão para apresentar a resposta imediata, associada à ideia de que o recurso a uma prótese qualquer por parte do cibernauta contemporâneo o transforma, através de um mero clic ou de um simples toque num ecrã, no detentor de todas as respostas necessárias.
Curiosamente, nestas situações mencionadas é sempre negado o princípio da ignorância. Ora, esse princípio não tem necessariamente nada a ver com uma eventual e tonta apologia do analfabetismo, da iliteracia ou, sequer, da ataraxia formulada por Pessoa em certos versos de desespero. Pelo contrário, o princípio da ignorância é um princípio activo, uma força em potência ainda que pareça não exisitir; mas aí está latente parecendo infinitamente pequena mas inversamente proporcional a tudo o que pode fazer existir.
Na sua fórmula metafísica, o princípio da ignorância é, na verdade, um impulsionador pragmático: não sabendo, como posso vir a saber? Não conhecendo, de que modo posso ter acesso ao conhecimento? Todos os processos de conhecimento resultaram do reconhecimento deste mesmo princípio: a Enciclopédia d’Alembert ou a Einaudi, a Biblioteca Britânica ou o cinema de Béla Tarr, a tese dos fractais... resultaram da tomada de consciência, tantas vezes apenas sob a forma de um lampejo, de se estar num estado de ignorância. A partir desse momento de reconhecimento da ignorância não se passa simplesmente a estar na posse de um conjunto de informações, muito menos se passa ao conhecimento absoluto (se é que ele existe); a partir desse momento inicia-se um processo infindável de colocação de enigmas e procura de soluções, a que se seguem outros enigmas e outras soluções, e assim sucessivamente.
As enciclopédias e os dicionários, tidos como repositórios do saber organizado e disciplinado, são de facto formas inacabadas que continuamente reclamam ser preciso regressar ao princípio da ignorância. Este, pela sua natureza, manifesta-se nos pequenos momentos experienciais: frente a um glaciar, no meio do deserto ou da imensidão de um oceano a sensação empírica de pequenez produz em nós a sensação de uma gigantesca ignorância. Dir-se-á que estas são experiências limite, experiências existencialistas no sentido psicológico. Ainda assim, este princípio pode também activar-se no confronto com uma obra literária cujo horizonte de sentidos nos aparece como inalcançável ou até infinito, ou perante o teor de uma nova tese científica ou os traços de um simples desenho que nos remeta para um tempo anterior e em que a sensação de saber aparece como resultado (equívoco) do progresso linear. Também surge no instante da paixão em que o desejo do outro que é um desejo do esclarecimento absoluto do mistério do outro – e por isso nos confina a um lugar de existência parca e pequena. Em todos os casos, à angústia do não saber corresponde a esperança de vir a saber.
OPINIÃO DE ANTÓNIO PINTO RIBEIRO http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/o-principio-da-ignorancia
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
"QUANDO LEMOS UM BOM LIVRO, SENTIMO-NOS MAIS LÚCIDOS E CAPAZES. (...) SENTIMO-NOS MAIS PRONTOS PARA ASSUMIR AS NOSSAS RESPONSABILIDADES"
Pilar del Rio, JL nº 1147, de 17 a 30 de setembro
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Preciosidades da nossa Biblioteca Escolar - 1953
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho foi professor, pedagogo e autor de manuais escolares, historiador da ciência e da educação, divulgador científico e poeta.
Nasceu a 24 de Novembro de 1906, em Lisboa, cidade onde morreu a 19 de Fevereiro de 1997
Interessando-se particularmente por Literatura e Ciência, licenciou-se em Ciências Físico-Químicas na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e, no ano seguinte, formou-se em Ciências Pedagógicas.
Após o estágio pedagógico no Liceu Pedro Nunes, ensinou durante 14 anos no Liceu Camões, em Lisboa, leccionando em seguida no Liceu D. João III, em Coimbra, durante 8 anos, após os quais regressou a Lisboa onde desempenhou o cargo de professor metodólogo do grupo de Físico-Química no Liceu Pedro Nunes.
Como pedagogo, para além de formador de professores do Ensino Liceal (nas áreas de Física e Química), foi autor de livros didáticos e de manuais escolares.
Entretanto, desenvolveu uma ação muito relevante de divulgação científica. Assim, a partir de 1946 foi codirector da Gazeta de Física e, a partir de 1952, dinamizou a coleção de divulgação científica “Ciência para Gente Nova” que contribuiu para o despertar do interesse pela Ciência, tanto junto dos jovens estudantes, como do público em geral.
Rómulo de Carvalho interessou-se igualmente pela História da Ciência e pela História da Física, em particular, deixando neste domínio uma obra pioneira entre nós, com os seus estudos sobre a história da Ciência, do Experimentalismo, das Ideias e do Ensino Científico em Portugal no século XVIII.
Paralelamente, desenvolveu uma muito original carreira de poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão, a qual se iniciou em 1956 com a publicação de Movimento Perpétuo; seguiram-se Poesias Completas em 1974 e Poemas Póstumos e Novos Poemas Póstumos, em 1984 e 1990, respectivamente.
A poesia de António Gedeão destaca-se no panorama da poesia portuguesa da segunda metade do século XX.
" Pedra Filosofal" é um dos seus poemas mais famosos, popularizado pelo músico e cantor Manuel Freire.
A nossa SUGESTÃO DE LEITURA:
Rómulo de Carvalho/António Gedeão - Príncipe Perfeito, biografia da autoria de sua filha, a escritora Cristina Carvalho
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Poetas nossos
terça-feira, 16 de setembro de 2014
«EÇA, AGORA E À LETRA - "Os Maias", de João Botelho»
Um dossiê temático sobre o filme, a ler no JL de 3-16 de setembro
D
Bons conselhos, no início de mais um ano letivo
O presidente Barak Obama falou assim aos
alunos dos EUA em setembro de 2009; porque julgamos que ainda se mantém atual a pertinência da sua mensagem, aqui a publicamos:
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segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Estudar é muito, mas pensar é tudo
assim abrimos mais um ano letivo:
“Estudar
não é só ler nos livros que há nas escolas.
É
também aprender a sermos livres, sem ideias tolas.
Ler
um livro é muito importante, às vezes, urgente.
Mas
os livros não são o bastante para a gente ser gente.
É
preciso aprender a escrever,
mas
também a viver, mas também a sonhar.
É
preciso aprender a crescer, aprender a estudar.
(…)
Estudar
é muito, mas pensar é tudo.”
(José Carlos Ary dos Santos)
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Bom regresso à nossa/vossa escola
“Janeiro 12
«O que eu quero principalmente é que vivam felizes».Não lhes disse talvez estas palavras, mas foi isto o que eu quis dizer. No sumário, pus assim: «Conversa amena com os rapazes». E pedi, mais que tudo, uma coisa que eu costumo pedir aos meus alunos: lealdade. Lealdade para comigo, e lealdade de cada um para cada outro. Lealdade que não se limita a não enganar o professor ou o companheiro: lealdade activa, que nos leva, por exemplo, a contar abertamente os nossos pontos fracos ou a rir só quando temos vontade (e então rir mesmo, porque não é lealdade deixar então de rir) ou a não ajudar falsamente o companheiro.
«Não sou, junto de vós, mais do que um camarada um bocadinho mais velho. Sei coisas que vocês não sabem, do mesmo modo que vocês sabem coisas que eu não sei ou já esqueci. Estou aqui para ensinar umas e aprender outras. Ensinar, não: falar delas. Aqui e no pátio e na rua e no vapor e no comboio e no jardim e onde quer que nos encontremos».
Não acabei sem lhes fazer notar que «a aula é nossa». Que a todos cabe o direito de falar, desde que fale um de cada vez e não corte a palavra ao que está com ela.”
Sebastião da Gama, Diário
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