O que sabemos desta excepcional mulher combativa, precursora da auto-afirmação das mulheres na vida pública internacional?
MARIA LAMAS (1893-1993) foi uma mulher que rompeu com os tabus da sua geração, mãe, cuidadora e amiga, atenta a diferentes gerações, amante livre de preconceitos, jornalista, escritora, intelectual, activista comprometida com a democratização e com a paz .
Nascida em 1893, em Torres Novas, parte para o sul de Angola, com o marido, militar, no início da República. Terá a primeira filha em Luanda (1911) e a segunda na Metrópole. Dissolvido o casamento, volta a casar em 1921, tem a terceira filha e torna-se uma das primeiras jornalistas portuguesas. Publica poemas, novelas e romances e organiza exposições sobre o trabalho e a escrita das mulheres em Portugal e no mundo. Virá a dirigir a revista "Modas e Bordados" até ser demitida por ordem de Salazar. Pesquisa e publica um aprofundado estudo: "As Mulheres do meu país" e adere aos movimentos democráticos do pós-guerra. Seis vezes presa pela PIDE, vê-se forçada a permanecer na Madeira e, mais tarde, a exilar-se em Paris, onde viverá o Maio de 1968, e onde será a "mãe" de muitos dos refugiados políticos.
Jornalista, contista e poetisa, Maria Conceição Vassalo e Silva de seu nome, Lamas após o segundo casamento, ocupa um dos primeiros lugares na poligrafia feminina portuguesa do século XX, quer pela expressão multifacetada da sua obra, quer pela coerência da sua intervenção cívica e política. Devotada por mais de meio século ao serviço das letras e da causa da educação e dignificação da Mulher em Portugal, deixou extensa colaboração impressa em livros, jornais e revistas entre os anos 20 e 70.
O seu espólio (67 cx. à guarda da Biblioteca Nacional)) conserva um significativo conjunto de cartas de e para Maria Lamas, manuscritos, vasto arquivo fotográfico, impressos, documentos biográficos e manuscritos de terceiros.
Fonte:
https://www.facebook.com/pages/MARIA-LAMAS/514011695355290?id=514011695355290&sk=info
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