Artigo recebido da escritora e colaboradora do blogue http://dererummundi.blogspot.pt/
A rede social Facebook nasceu em 4 de fevereiro de 2004. Faz hoje 11 anos. E se estou a falar nisto é porque, na verdade, a vida das pessoas mudou muito nestes onze anos de ligação efectiva à internet e quem não entender isto, dificilmente se adaptará às novas regras da vida em sociedade, ou seja, da vida comunitária. Haverá sempre rebeldes, más-línguas, agressivos, intolerantes, teimosos e velhos antes do tempo. Uma pessoa tem todo o direito de não fazer parte dos quase 2 biliões de utilizadores da rede social Facebook. Era o que faltava! Não tem é o direito de não querer perceber o fenómeno. Nem sequer o querer perceber! Isso aí já roça as raias do analfabetismo mais primário, da intolerância, eu diria, da estupidez. Será o mesmo que não querer entender os malefícios ou os benefícios da luz eléctrica ou da água canalizada, ou disto, ou daquilo que compõe e anima o tempo em que vivemos. O tempo em que vivemos, todos nós, é o tempo. Com tudo o que advém do tempo. Não é “o meu tempo” ou o “teu tempo”. É o tempo. Ainda que outros tivessem vivido, tivessem tido carne e ossos a compor a sua condição humana noutros anos, noutras épocas, em outras eternidades.
Portanto, a rede social Facebook, criada pelo jovem de então, Mark Zuckerberg (n. 1984) juntamente com outros três colegas universitários, é tão importante e eficaz nos nossos tempos como foi o avião, ou o automóvel, ou a varinha mágica, ou o elevador nos prédios, etc, etc. Negar uma realidade prática e avassaladora é impossível. E não! O Facebook não é útil apenas para dizer «eu amo você»! Há mais utilidades! Bastantes mais!
Convém, pois, do mesmo modo que ensinamos aos nossos filhos não enfiar os dedos numa tomada de electricidade, ensinarmos também os perigos, desvantagens e vantagens desta rede social. Deverá ser ensinada e aprendida como qualquer outra matéria. Obviamente que o uso disparatado, estúpido e ignorante trará, fatalmente, consequências funestas.
Convém, pois, do mesmo modo que ensinamos aos nossos filhos não enfiar os dedos numa tomada de electricidade, ensinarmos também os perigos, desvantagens e vantagens desta rede social. Deverá ser ensinada e aprendida como qualquer outra matéria. Obviamente que o uso disparatado, estúpido e ignorante trará, fatalmente, consequências funestas.
Muitos parabéns ao Facebook. E que possa melhorar, contribuir para o desenvolvimento – ainda que profundamente artificial, é bom que se diga – dos povos. Mais vale conhecer alguma coisa (e se quiser aprofundar, aprofunda nos livros e nas competências) do que não conhecer nada ou quase nada, como até 2004.
Cristina Carvalho
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