A «Matemática dos Nossos Avós»
As tradicionais rendas, os bordados, a cestaria, a calçada portuguesa, encerram uma geometria que está agora a ser alvo de uma recolha sistemática. A iniciativa, «Matemática dos Nossos Avós» inserida no Ano Internacional da Matemática do Planeta Terra, pretende também identificar unidades de medida em desuso e recolher textos em forma de provérbio, adivinha ou lengalenga.
Ana Clara; Fotos: IELT | domingo, 10 de Fevereiro de 2013 IN
«A Matemática dos Nossos Avós»
consiste em desvendar a geometria subjacente a algumas expressões da
nossa cultura tradicional. Falamos de peças em cestaria, de trabalhos em
rendas, de bordados, decorações de casas ou até mesmo da tradicional
calçada portuguesa. Um trabalho que abrange igualmente a matemática da
construção tradicional de casas, pontes, ferramentas ou embarcações
portuguesas.
A iniciativa, uma parceria entre o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e o Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (IELT) da Universidade Nova de Lisboa, pretende recolher materiais em forma de texto, áudio ou vídeo, promovendo ao mesmo tempo concursos, colóquios e debates sobre o tema, como explica ao Café Portugal Carlota Simões, coordenadora nacional do Ano da Matemática do Planeta Terra.
«A Matemática dos Nossos Avós» pretende ainda identificar unidades de medida já em desuso, adianta a investigadora, sem especificar, no entanto, algumas medidas, tendo em conta que o projecto arrancou há pouco tempo.
«Esta recuperação é um dos objectivos que temos em mente. Haverá decerto medidas antigas ditas “oficiais” mas é possível que existam medidas regionais que podem ser desconhecidas mesmo por investigadores e que urge estudar», sublinha.
Outra das temáticas é a recolha de textos em forma de provérbio, adivinha ou lengalenga que estejam «relacionados com formas de contar ou medir», tudo, esclarece a responsável com o objectivo de «recolher esse património cultural antes que seja esquecido».
Carlota Simões realça que outra das grandes prioridades deste projecto passa por recolher o material e «torná-lo público, ficando permanentemente online nos sites do Museu da Ciência e do IELT».
«É fundamental criar redes de contactos e trocas de informação entre pessoas e instituições que trabalham na mesma área», sublinha a investigadora.
Já toda a investigação em suporte áudio e vídeo ficará no site Memória Media.
Recorde-se que desde 2009, o Museu da Ciência e o IELT vêm desenvolvendo projectos de recolha de conhecimento dito tradicional no âmbito do Ano Internacional da Astronomia (2009), com a iniciativa «O Céu dos Nossos Avós»; do Ano Internacional da Biodiversidade (2010) com o tema «Os Bichos; do Ano da Química com o projecto «Sopas, Caldos e Mezinhas», e que se prolongou até 2012; e em 2013 o Ano da Matemática do Planeta Terra, com «A matemática dos nossos avós».
Carlota Simões lembra que a estes projectos podem associar-se instituições, «que podem participar de diversas formas: recolhendo materiais em forma de texto, áudio ou vídeo, promovendo concursos, colóquios e debates».
E acrescenta: «instituições como universidades seniores, lares, centros de dia podem ser fundamentais na recolha de materiais, mas também escolas, promovendo o diálogo entre gerações.
No início de cada ano nunca conseguimos prever o impacto que terá o projecto, pois tal depende também das instituições parceiras, mas para este ano que agora começa, temos a vantagem de começar o ano com a publicação de um livro de recolhas de textos com alguma relação com a matemática», referindo-se à obra «Contas X Contos X Cantos e que +», da autoria de Ana Paula Guimarães e Adérito Araújo.
A iniciativa, uma parceria entre o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e o Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (IELT) da Universidade Nova de Lisboa, pretende recolher materiais em forma de texto, áudio ou vídeo, promovendo ao mesmo tempo concursos, colóquios e debates sobre o tema, como explica ao Café Portugal Carlota Simões, coordenadora nacional do Ano da Matemática do Planeta Terra.
«A Matemática dos Nossos Avós» pretende ainda identificar unidades de medida já em desuso, adianta a investigadora, sem especificar, no entanto, algumas medidas, tendo em conta que o projecto arrancou há pouco tempo.
«Esta recuperação é um dos objectivos que temos em mente. Haverá decerto medidas antigas ditas “oficiais” mas é possível que existam medidas regionais que podem ser desconhecidas mesmo por investigadores e que urge estudar», sublinha.
Outra das temáticas é a recolha de textos em forma de provérbio, adivinha ou lengalenga que estejam «relacionados com formas de contar ou medir», tudo, esclarece a responsável com o objectivo de «recolher esse património cultural antes que seja esquecido».
Carlota Simões realça que outra das grandes prioridades deste projecto passa por recolher o material e «torná-lo público, ficando permanentemente online nos sites do Museu da Ciência e do IELT».
«É fundamental criar redes de contactos e trocas de informação entre pessoas e instituições que trabalham na mesma área», sublinha a investigadora.
Já toda a investigação em suporte áudio e vídeo ficará no site Memória Media.
Recorde-se que desde 2009, o Museu da Ciência e o IELT vêm desenvolvendo projectos de recolha de conhecimento dito tradicional no âmbito do Ano Internacional da Astronomia (2009), com a iniciativa «O Céu dos Nossos Avós»; do Ano Internacional da Biodiversidade (2010) com o tema «Os Bichos; do Ano da Química com o projecto «Sopas, Caldos e Mezinhas», e que se prolongou até 2012; e em 2013 o Ano da Matemática do Planeta Terra, com «A matemática dos nossos avós».
Carlota Simões lembra que a estes projectos podem associar-se instituições, «que podem participar de diversas formas: recolhendo materiais em forma de texto, áudio ou vídeo, promovendo concursos, colóquios e debates».
E acrescenta: «instituições como universidades seniores, lares, centros de dia podem ser fundamentais na recolha de materiais, mas também escolas, promovendo o diálogo entre gerações.
No início de cada ano nunca conseguimos prever o impacto que terá o projecto, pois tal depende também das instituições parceiras, mas para este ano que agora começa, temos a vantagem de começar o ano com a publicação de um livro de recolhas de textos com alguma relação com a matemática», referindo-se à obra «Contas X Contos X Cantos e que +», da autoria de Ana Paula Guimarães e Adérito Araújo.
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